As instituições financeiras que operam nos Estados Unidos informaram que cerca de 590 milhões de dólares foram pagos em resgate pelo sequestro de dados feitos por hackers (ransomware) na primeira metade de 2021, diz relatório do Departamento do Tesouro americano divulgado nesta sexta-feira (15).

A cifra é 42% maior que a reportada para todo o ano de 2020, segundo o documento, que destaca que os ataques com ransomware dispararam nos últimos meses.

“Se as tendências atuais continuarem assim, projeta-se que [os informes] apresentados em 2021 terão um valor de transação relacionado com os ransomwares mais alto que os apresentados nos 10 anos anteriores somados”, informou o Tesouro americano.

Neste tipo de ataque, os hackers invadem os sistemas de alguma entidade com o uso de um malware que restringe o acesso a seus dados, para depois exigir o pagamento de um resgate, geralmente em criptomoedas, em troca de uma chave digital para desbloquear a rede.

Washington vem tentando tomar medidas enérgicas contra o aumento exponencial dos ataques de ransomware, incluindo sanções contra o sistema de câmbio online que os operadores ilícitos supostamente utilizam para trocar criptomoedas por moeda corrente.

Os últimos ataques contra um importante oleoduto nos Estados Unidos, unidades do frigorífico brasileiro JBS nos EUA, Canadá e Austrália, e o sistema de correio eletrônico Microsoft Exchange chamaram a atenção para a vulnerabilidade dos sistemas em relação aos ataques cibernéticos.