O fato de três tesoureiros de um único partido serem processados por infringirem o mesmo artigo do código penal indica, segundo procuradores da Lava Jato, que o próprio partido tem a transgressão como método sistemático de atuação política – o que não exime de responsabilidade os indivíduos que colocam o esquema para funcionar. Esse é o caso do PT e de três de seus ex-tesoureiros condenados por violarem a legislação criminal naquilo que se refere à gatunagem de dinheiro do contribuinte – ou seja, corrupção. Na semana passada foi a vez do petista Paulo Ferreira virar réu em ação da Lava Jato que investiga pagamento de propina no contrato de obras do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras. Pela conclusão do Ministério Público Federal, Ferreira desviou pelo menos R$ 21 milhões (ele já está preso em São Paulo por outra ação penal, que envolve ex-integrantes do Ministério do Planejamento). Parte desse dinheiro foi lavado em doações à escola de samba gaúcha Estado Maior da Restinga e, de acordo com as investigações, ele também doou recursos (R$ 61 mil) para a madrinha da bateria dessa agremiação carnavalesca. Ferreira é o terceiro tesoureiro petista flagrado no mesmo crime. Há outros dois nomes que o Brasil já sobejamente conhece: João Vaccari Neto, condenado por corrupção em dois processos da Lava Jato (24 anos de prisão) e aguardando sentença em outras cinco ações penais; Delúbio Soares, condenado a sete anos de prisão no mensalão e também processado agora pela Lava Jato.

R$ 54 bilhões.

é em quanto os quatro maiores bancos do País  (Banco do Brasil, Itaú Unibanco,  Caixa e Bradesco) aumentaram as suas reservas do chamado “seguro calote”. O crescimento foi de 60% e o valor total dessa reserva, nas quatro instituições financeiras, passou a ser atualmente de R$ 144 bilhões.