BRUXELAS, 23 ABR (ANSA) – O Tribunal de Bruxelas, na Bélgica, condenou nesta segunda-feira (23) o belga Salah Abdeslam, único acusado pelos atentados de 13 de novembro de 2015, em Paris, ainda vivo, a 20 anos de prisão por tentativa de homicídio, atividade terrorista e posse ilegal de armas.   

A corte acolheu o pedido da promotoria e também sentenciou o tunisiano Sofien Ayari ao mesmo tempo de cadeia. O caso se refere a um tiroteio ocorrido em Bruxelas em 15 de março de 2016, que terminou com três policiais feridos.   

Para o tribunal, os dois cúmplices participaram ativamente do confronto, no apartamento onde estavam barricados, no bairro de Forest, com fuzis kalashnikov. Além disso, a sentença afirma que é “incontestável” que Abdeslam e Ayari tinham como objetivo fazer parte de um grupo terrorista.   

Nenhum dos réus quis assistir ao julgamento. Eles conseguiram fugir depois do tiroteio, mas acabaram capturados três dias depois – Abdeslam está em uma prisão de segurança máxima na França.   

As autoridades acreditam que a descoberta do covil terrorista tenha levado à realização dos atentados de 22 de março de 2016, quando três kamikazes mataram 32 pessoas em uma estação de metrô e no aeroporto de Bruxelas.   

Abdeslam é o único terrorista dos atentados de 13 de novembro ainda vivo. Ele teria participado dos tiroteios em bares e restaurantes dos 10º e 11º arrondissements de Paris, junto com seu irmão, Brahim, que se suicidou. Os ataques, que ainda incluíram o massacre na casa de shows Bataclan e bombas nos arredores do Stade de France, deixaram 130 mortos.   

O belga se recusa a cooperar com a Justiça. (ANSA)