ROMA, 10 OUT (ANSA) – Stephan Ballier, o terrorista de extrema direita de 27 anos que matou duas pessoas perto de uma sinagoga em Halle, no leste da Alemanha, tentou se suicidar após o ataque.   

Segundo o jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, Ballier tinha uma ferida de arma de fogo no pescoço quando foi capturado, e as forças de segurança avaliam que o machucado se deve a uma tentativa de suicídio.   

O atentado ocorreu na última quarta-feira (9), quando os judeus celebravam o “Yom Kippur”, o “Dia da Expiação”, uma das datas mais importantes da religião. O neonazista tentou entrar na sinagoga de Halle e, ao não conseguir, atirou aleatoriamente na rua e em um restaurante de kebab.   

As duas vítimas do ataque terrorista são uma mulher baleada em frente à sinagoga e um homem atingido dentro do restaurante. Em um vídeo do atentado feito por Ballier, ele diz que os judeus são a “raiz de todos os problemas”.   

Em seu “manifesto”, o terrorista afirma que queria matar o “maior número de antibrancos possível, de preferência judeus”.   

Ballier também é negacionista do Holocausto e odeia o feminismo e migrantes.   

Em entrevista ao tabloide Bild, o pai do terrorista o descreveu como um homem “sem amigos” e que “nunca estava em paz consigo e com o mundo”. “Sempre colocava a culpa nos outros. Estava sempre online e brigava toda hora, minha opinião não valia nada. Eu não conseguia mais entrar em contato com ele”, disse.   

Após o ataque, o presidente da Comunidade Hebraica da Alemanha, Josef Schuster, acusou a polícia de não ter protegido a sinagoga. “É escandaloso que a sinagoga de Halle, em um dia como o Yom Kippur, não estivesse sob proteção policial”, declarou.   

(ANSA)