ROMA, 23 MAI (ANSA) – A Itália, conhecida por sua geografia no formato de uma “bota”, já foi um porção de ilhas tropicais que emergiram do antigo Oceano de Tétis.   

O Mar de Tétis, durante o período Mesozoico, separava as duas massas continentais Laurásia (norte) e Gondwana (ao sul).   

De acordo com o paleontólogo italiano Cristiano Dal Sasso, fósseis de dinossauros mostram que o território onde hoje está a Itália emergiu antes do que os cientistas acreditavam: há 230 milhões de anos. “Os primeiros indícios de um dinossauro italiano foram descobertos nos anos 1940, no Monte Pisano, na Toscana, com 230 milhões de anos, e é uma das pegadas mais antigas do mundo de dinossauros”, disse à ANSA Dal Sasso, que participa do Congresso da Sociedade Italiana de Paleontologia, que está ocorrendo em Benevento e Pietraroja.   

Nos anos 1980, perto de Rovereto e Trento, na região de Trentino-Alto Ádige, foram descobertas novas pegadas de dinossauros vividos há 200 milhões de ano.   

“Dessa maneira, começamos a entender que os dinossauros caminharam sobre o território atual da Itália e que, entre o período geológico Triássico e Jurássico, as porções de terra da península italiana já estavam emersas”, explicou o especialista.   

Um dos momentos mais importantes para a reconstrução da história da Itália e dos seus dinossauros ocorreu em 1980, com a descoberta do fóssil de um dinossauro bebê Scipionyx Samniticus, um carnívoro que viveu há 110 milhões de anos em Pietraroja. Desde então, foram descobertos mais quatro fósseis de dinossauros italianos. Todos tinham estatura menor porque viviam nas ilhas. (ANSA)