Termina velório de Ornella Vanoni em teatro de Milão

MILÃO, 24 NOV (ANSA) – Terminou nesta segunda-feira (24) o velório da cantora italiana Ornella Vanoni, uma das vozes mais lendárias da música do “Belpaese” e que morreu na última sexta (21), aos 91 anos de idade.   

A despedida foi realizada no Piccolo Teatro Grassi, histórica casa de espetáculos de Milão que marcou a primeira fase da carreira de Vanoni, e recebeu uma multidão de milhares de fãs e de personalidades desejosos de prestar sua última homenagem à artista.   

“Ela foi uma grande mestre de liberdade para todas as garotas e mulheres”, disse a apresentadora de TV Serena Dandini. Já a comediante Geppi Cucciari exaltou o fato de que Vanoni “sempre tinha coragem de dizer o que queria”.   

O caixão da cantora será levado à Igreja de San Marco, em Brera, elegante bairro onde ela morou durante boa parte de sua vida, para o funeral religioso, enquanto Milão vive um dia de luto municipal decretado pelo prefeito Giuseppe Sala.   

Vanoni permaneceu na cena por quase 70 anos, com sua personalidade pirotécnica, classe de artista e uma carreira rica de sucessos. Não é por acaso que, até o último dia, foi uma convidada disputadíssima em programas de televisão, pelas histórias que contava, por sua imprevisibilidade e total indiferença ao politicamente correto e às regras da etiqueta da TV.   

Ao longo de sua carreira, ela transitou por repertórios diversos, de Roberto Carlos (“L’appuntamento”) a Piaf (“L’albergo a ore”), passando por Tammy Wynette (“Domani è un altro giorno”).   

Esse percurso culminou na intuição do letrista Sergio Bardotti, que a levou Vanoni a gravar “La voglia, la pazzia, l’incoscienza e l’allegria” com Vinicius de Moraes e Toquinho, com canções assinadas por Tom Jobim e Chico Buarque ? um álbum histórico que ajudou a difundir a música brasileira na Itália.   

(ANSA).