Termina nesta sexta prazo dado pelo União para Celso Sabino deixar governo

Partido já tinha cobrado demissão de ministros, mas ambos resistem a deixar Planalto; legenda prometeu sanções em caso de descumprimento

Celso Sabino (União Brasil): ministro de Lula é autor de texto original da PEC da Blindagem
Celso Sabino: ministro do Turismo chegou a apresentar carta de demissão, mas quer ficar no cargo Foto: Flickr/Ministério do Turismo

O União Brasil deu 24 horas para que o ministro Celso Sabino entregue sua carta de demissão do Ministério do Turismo e deixe o cargo. A decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira, 18, em ofício assinado por Antônio Rueda, presidente do partido.

No documento, Rueda determina a exoneração de todos os filiados da legenda que possuem cargos no governo federal, inclusive em autarquias, fundações e empresas públicas. Caso a medida não seja cumprida, há possibilidade de suspensão ou expulsão do partido.

Sabino foi a única indicação do União em troca de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas nunca chegou a entregar os votos necessários ao Planalto. A legenda ainda tinha indicado um cargo no Ministério das Comunicações, mas, com a saída de Juscelino Filho, a cadeira ficou sob a chancela do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que indicou o ministro Frederico Siqueira. Siqueira e o ministro Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), que entrou por meio da “cota” Alcolumbre, serão mantidos nos cargos.

A determinação vai de encontro com a saída do partido da base do governo Lula. O movimento acompanha o ritmo do Progressistas, partido com quem oficializou federação em agosto.

Desde agosto, o partido já ensaiava a cobrança para a saída dos ministros e cobranças já estavam sendo feitas nos bastidores. No começo do mês, União e Progressistas formalizaram a saída definitiva da base de apoio ao Planalto e pediram a demissão dos ministros.

Porém, Celso Sabino bateu o pé e se manteve no cargo. Outro que permaneceu foi André Fufuca, ministro dos Esportes, filiado ao Progressistas. Tanto Sabino quanto Fufuca já anunciaram o apoio a Lula nas eleições de 2026.

A ISTOÉ tenta contato com o ministro para saber se ele irá cumprir a determinação.