A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o projeto de concessão de florestas em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mostra que o Brasil está cuidando do patrimônio ambiental. “Não temos dúvida que o Brasil é uma potência agroambiental, movida a ciência, e cada dia avança mais para cuidar do seu patrimônio ambiental. Hoje é uma demonstração inequívoca disso. São concessões robustas que fizemos com cuidado”, disse a ministra durante assinatura do acordo, em transmissão virtual feita pela pasta nesta quarta-feira, 16.

O projeto prevê a concessão de cinco florestas no Estado do Amazonas à iniciativa privada para manejo florestal sustentável. São elas a Floresta Nacional de Balata-Tufari (1 milhão de hectares), a Floresta Nacional de Iquiri (1,47 milhão de hectares), a Floresta Nacional de Jatuarana (574 mil hectares), a Floresta Nacional de Pau-Rosa (988 mil hectares) e a gleba Castanho (132 mil hectares). “São ativos que serão cuidados e conversados. Trata-se de um projeto piloto de 2,2 milhões de hectares com potencial de expansão”, apontou a ministra.

Para Tereza Cristina, o plano de outorga de florestas do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), vinculado à Agricultura, demonstra ao mundo a preocupação do País com suas florestas. “Neste ano tão importante para o meio ambiente, mostramos com as concessões que o Brasil conserva e que tem governança sobre a área ambiental”, disse a ministra. O programa de concessão florestal do SFB prevê incluir 19 florestas nacionais e seis glebas de florestas públicas até o fim de 2022. Destas, cinco estão inclusas no acordo apresentado hoje.

Segundo dados do SFB, apresentados no evento, há 4,8 milhões de hectares de florestas públicas passíveis de concessão. Deste montante, 1,05 milhão de hectares são concedidos atualmente. Os outros 3,8 milhões de hectares devem entrar no plano de outorga florestal. Nessa área, há potencial de produção de 2 milhões de metros cúbicos de madeira por ano. A expectativa é de arrecadação de R$ 140 milhões com as áreas adicionais a serem concedidas, com investimento dos concessionários de R$ 1,17 bilhão e custeio anual de R$ 491 milhões. “O patrimônio é nosso. Não estamos dando nada a ninguém. Estamos dividindo a atividade com quem pode dar vida à floresta”, disse a ministra da Agricultura.


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