Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, é indiscutivelmente um nazifascista! Provas? Pois não: defende a tortura; prega o fechamento do STF; corrompe o Congresso; não aceita oposição; financia milícias digitais; investe na ruptura institucional; cria, divulga e compartilha notícias sabidamente falsas; é amigo de milicianos; condecora assassino de aluguel; odeia homossexuais; considera os negros animais de corte; deseja o extermínio dos índios; subjuga as mulheres; diz ser nacionalista; é estatizante; incentiva a violência contra opositores políticos; acredita na luta armada contra o Estado; deseja armar a (sua) população. Até o lema do fascismo ele adotou: Deus, pátria e família.

Mais uma vez, aquela horda ridícula da terceira idade, formada exclusivamente por brancos de classe média, vestindo camisa da seleção brasileira, tios e tias do WhatsApp, com suas barrigas enormes e cabelos mal tingidos, reuniram-se na Praça da Liberdade – na zona sul da cidade, é claro!, pois periferia é coisa de comunista – imaginando-se o ‘povo brasileiro’, coitados, em apoio ao amigão do Queiroz (miliciano que entupiu a conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, com 90 mil reais) e em defesa da… liberdade de expressão! Qual? Bem, a de um criminoso travestido de deputado pedir a volta do AI-5, o fechamento do Congresso e do Supremo, e o espancamento de ministros do STF.

E não é que, em pleno Dia do Trabalho, a melhor idade belo-horizontina resolveu agredir um trabalhador? Sim, em um ataque de pelancas, ou melhor de rugas, uma senhora, trajando um chapelão de palha, desferiu um tapa no fotojornalista do jornal Estado de Minas, Túlio Santos, após o cerco de outros fascistas senis, gritando e gesticulando de forma histérica: ‘comunista, espião da Globo, petista, filho de satanás’. Essa gente não conhece outro assunto, não? Eis a liberdade de expressão bolsonarista: porrada na imprensa! Parece incoerente? Bem, mais incoerente do que defender – em nome da democracia!! – golpe de Estado, não é. Mas é só o que essa gente ordinária é capaz.

O bolsonarismo é sim um estado de espírito fascistóide, em que parte nada desprezível da população pensa e age como os ditadores que adoram xingar. Eles dizem: ‘vá para a Venezuela; vá para Cuba’, em referência aos regimes castrista e chavista, mas reproduzem aqui o mesmo ‘modus operandi’. Por certo, QI não é o forte dos trogloditas de Iphone, já que um simples confronto de ideias – e ideais – mostra a enorme e irrefutável semelhança entre eles, o ‘mito’ e Nicolás Maduro, por exemplo, e seus seguidores violentos, que espancam jornalistas, matam militantes de oposição, elegem congressistas alinhados, a exemplo do tal Daniel Silveira, e aparelham a Suprema Corte que desejam fechar.

Liberdade de expressão, para a canalha nojenta, significa apenas e tão somente liberdade de agressão e liberdade de ser imbecil ao quadrado. Eles pregam democracia, mas sem as Instituições de Estado; pregam a liberdade que negam aos que pensam diferente; clamam por direitos quando os negam ao contraditório. A velhaca maldita que bate em trabalhador – antes, ela e seus selvagens arrastaram um mendigo escada do coreto afora – crê ser seu direito proibir, no tapa, o direito ao trabalho de outrem. E ela é apenas a expressão, o retrato fiel dessa horda imunda, abominável, que idolatra o devoto da cloroquina. Juntos, Bolsonaro e fanáticos, hoje, representam o que há de pior e mais perigoso à democracia do Brasil.