A parceria entre Boris Becker e o jovem tenista dinamarquês Holger Rune durou apenas quatro meses. Nesta terça-feira, o atual número sete do mundo anunciou que o ex-tenista alemão deixou sua equipe. O trabalho em conjunto havia começado em outubro, com prazo até o fim da temporada 2023.

Mas, ainda em novembro, Becker veio a público para explicar que a parceria seria estendida para a atual temporada. A situação, contudo, mudou nesta semana. O tenista de apenas 20 anos faz um início de temporada abaixo do esperado, sendo eliminado logo na segunda rodada do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, em janeiro.

“Começamos esta parceria com o objetivo inicial de chegar ao ATP Finals no final do ano passado, mas seguindo em frente percebi que para que nosso acordo fosse bem-sucedido, eu precisaria estar disponível para Holger muito mais do que posso. Devido a responsabilidades profissionais e privadas, não posso dar a Holger o que ele precisa agora”, disse Becker nas redes sociais.

O acerto entre as partes em outubro chamou a atenção do mundo do tênis porque foi o primeiro trabalho de Becker no circuito após ser liberado da prisão, em 2022. Ele foi detido durante oito meses na Inglaterra depois de ser condenado por transferência ilícita de grandes somas de dinheiro e ocultação de bens depois de ter declarado falência.

Becker atuou como treinador pela segunda vez. Entre 2014 e 2016, foi o técnico do sérvio Novak Djokovic. Naquele período, Djokovic levantara seis troféus de Grand Slam. O alemão espera repetir o desempenho no trabalho com Rune, considerado um dos tenistas mais promissores do circuito.