O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), foi o convidado da live de ISTOÉ nesta terça-feira (22). Eleito vice-prefeito de São Paulo em 2020, o empresário foi vereador por dois mandatos consecutivos (2013-2020) e assumiu em definitivo o comando da cidade no último dia 16 de maio.

Nunes falou sobre as prioridades de seu mandato, como está se dando a transição política municipal e os rumos da cidade para o pós-pandemia.

“Meu foco é cuidar da cidade de São Paulo. Não tenho o direito de errar. Tenho que honrar a gestão Bruno Covas”, diz.

O mandatário avalia que a atual gestão é de continuidade e que vai buscar cumprir o plano de metas, elaborado por ele e Covas, com as ações prioritárias a serem executadas pelo governo até 2024.

“Não há porque mudar. A ideia é dar continuidade a gestão”, frisou.

Ele diz na entrevista que já está trabalhando na retomada econômica do município, na busca pela geração de empregos e renda.

“Temos bastantes problemas, precisamos de parcerias para resolvê-los”, disse.

De perfil conservador, ligado à Igreja Católica, Nunes avalia que entre os principais gargalos da cidade estão: resolver os embaraços com as pessoas em situação de rua, as complicações relativas ao transporte público e melhorar o ambiente de conectividade dos cidadãos.

“A situação do povo morando na rua é deprimente. Temos que resolver isso. Queremos fazer o mais humano centro de acolhida do país,” afirma Nunes.

Segundo o prefeito, fazer a readequação do centro, ampliar, consolidar os pontos de wi-fi e desburocratizar as regras para instalação de antenas, o que amplia a cobertura de celular e internet na capital, serão apostas da prefeitura para se ter uma cidade mais inclusiva digitalmente e socialmente justa.

Nunes é presidente municipal do MDB, legenda que voltou a governar a capital paulista depois de quase quatro décadas. O político ainda classificou como lamentável o comportamento do presidente da República no enfrentamento à pandemia do Covid, disse que nunca conversou com Bolsonaro e avalia que, como prefeito de São Paulo, deve manter proativa as relações entre ele e a União.

Com os olhos em 2022, Ricardo Nunes disse que deve apostar em um nome de centro, sem radicalismo, para o embate.

“Meu desejo é por um candidato que não seja de extremos, nem esquerda e nem de direita. Coisas radicais não são boas para ninguém”, concluiu.