Antonio Fagundes deixou claro seu descontentamento com o atual governo do país. O ator, em entrevista à coluna de Sonia Racy, no jornal O Estado de S. Paulo, confessou que não tem pena de quem aceita trabalhar para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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“Tenho pena de atores que aceitam esse tipo de coisa. Eles não têm a menor noção de como funciona aquilo ali. Não é uma novela, é um circo com regras próprias. E dependendo do governo, as regras são mais loucas ainda. Agora, não tenho pena não de quem aceita trabalhar neste governo atual. Tenho até um pouco de raiva”, disse.

O ator de 71 anos disse, quando perguntado se alguma medida em específico estava o incomodando, que o boato de que os artistas se beneficiam com dinheiro do governo é o que mais o deixa nervoso. “Começaram a fazer uma campanha de que os artistas mamavam nas tetas do governo. Você já percebia aí uma coisa de mau-caratismo. Eles eram contra a Lei Rouanet. Todo o patrimônio histórico brasileiro está sendo dilapidado, as sinfônicas não estão podendo sobreviver, calaram os circos. E espere: vão destruir também o cinema.”

Antonio falou, também, sobre o fim de sua carreira na Globo, depois de 44 anos de emissora. “Recebi um milhão de convites para fazer coisas e eu não pude aceitar porque estava preso contratualmente à emissora. O fim do meu contrato é consequência de uma mudança operacional da empresa e não vejo isso como um problema não”, finalizou.