O presidente eleito Jair Bolsonaro praticamente descartou a possibilidade de indicar um de seus filhos para o Ministério da Comunicação. Segundo ele, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (RJ) é uma pessoa “extremamente competente”, mas a nomeação poderia ser vista como nepotismo. “Nunca pratiquei isso nepotismo, não me interessa fazer. A tendência é esse assunto morrer”, declarou Bolsonaro.

Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira, 22, Bolsonaro reforçou a declaração feita na véspera ao site “Antagonista” de que gostaria que o filho assumisse o comando do Ministério de Comunicação, mas que sabia que ele “dificilmente aceitaria”.

Após declarações do futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, de que ajudaria nas decisões sobre a Secretaria Especial de Comunicação (Secom) e do próprio presidente eleito afirmar que o filho poderia virar ministro, o vereador Carlos Bolsonaro anunciou nesta quinta que encerrará sua contribuição direta à equipe de transição e que retomará sua atuação parlamentar após três meses de licença não remunerada.

Na quarta, Jair Bolsonaro disse que Carlos “está estudando os prós e contras” desta ideia de ser ministro da Comunicação e que sabe que “isso pode ter um tremendo desgaste” porque vão dizer que ele está colocando o filho no governo. “Mas ele é a fera das mídias e tem sangue ‘na boca’. Tem tudo pra dar certo”, prosseguiu Bolsonaro, acrescentando que “não se trata de prêmio de consolação e que lá, ele vai mostrar seu valor”.

Depois de salientar que Carlos é o “pitbull”, o presidente eleito avisou ainda que “o importante é ele estar do meu lado”. E emendou: “só de estar ao meu lado, ele já ajuda bastante”.