SÃO PAULO, 2 ABR (ANSA) – O temporal que atingiu a região metropolitana do Rio de Janeiro, além da Baixada Fluminense e Angra dos Reis, na Costa Verde, deixou pelo menos nove mortos e 12 desaparecidos.
A chuva forte começou por volta das 16h30 de sexta-feira (1º) e permaneceu por mais de 14 horas, provocando diversos estragos nas regiões atingidas e deixando diversos desabrigados.
Pelo menos seis mortes foram registradas em Paraty, na Costa Verde. Na vizinha Angra dos Reis, uma criança e um adolescente morreram. Houve também uma vítima em Mesquita, na Baixada Fluminense, que sofreu uma descarga elétrica, quando passava por dentro d’água na região central do município.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima é um o homem não identificado, aparentando 35 anos, e em situação de rua.
Em Nova Iguaçu, o rio Botas transbordou e a cidade está em alerta máximo. As ruas estão alagadas. A situação é crítica e as pessoas estão ilhadas em suas residências.
A cidade de Angra dos Reis, na Costa Verde, foi atingida por um volume de chuva equivalente a 655 milímetros (mm). Na Ilha Grande, o índice pluviométrico registrou 592 mm. No bairro Monsuaba, pelo menos quatro residências foram atingidas por deslizamentos de terra.
A Defesa Civil foi acionada e cinco pessoas foram resgatadas.
Outras 11, de acordo com o relato de parentes, estão desaparecidas. O Corpo de Bombeiros trabalha para localizar vítimas soterradas.
Todas as 28 sirenes do sistema de alerta, distribuídas em 20 blocos, que abrangem as áreas de risco, foram acionadas durante a madrugada, para alertar moradores sobre a possibilidade de deslizamentos e alagamentos.
A prefeitura de Angra dos Reis está disponibilizando abrigos para quem não tem condições de permanecer em suas casas. No momento, 13 pessoas encontram-se em abrigos, localizados em unidades da rede municipal de ensino, recebendo apoio da secretaria de Educação e da Assistência Social.
A rodovia Rio Santos (BR 101), está com vários pontos de interdição parcial e total, devido a deslizamentos e alagamentos, nos trechos que passam por Mangaratiba e Angra dos Reis. Nas duas cidades foram registradas também quedas de árvores e deslizamento de barreiras. Entre os quilômetros 446 e 599 da rodovia há trechos interditados.
Em Paraty, foi declarada situação de emergência, com mais de 20 famílias desalojadas. Entre os principais bairros afetados está Olaria, Barra Grande e Trindade, onde caíram muitas barreiras.
Segundo Rosana Garcia, proprietária da pousada Mar Azul, em Trindade, a forte chuva provocou a queda de diversas árvores, deixando a região sem “energia elétrica, água potável e sem internet”.
Município do Rio – O Centro de Operações da prefeitura do Rio informou que a cidade retornou ao estágio de mobilização às 4h40 deste sábado, (2), devido à redução dos acumulados de chuva nas últimas horas.
Antes, o município esteve em estágio de atenção desde as 23h45 de sexta-feira (1°).
No momento, o Sistema Alerta Rio, informa que o radar do Sumaré detecta núcleos de chuva no entorno da cidade e no oceano, que poderão causar chuva fraca nas próximas horas, principalmente na região costeira.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, em mensagem postada nas redes sociais, informa que, no momento, a situação na cidade é tranquila, mas que esteve complexa durante a noite e madrugada de hoje. “A gente não tem nenhuma situação em grande via mais crítica. Mas você tem algumas áreas da cidade, principalmente na zona oeste mais litorânea, a região das Vargens (Vargem Grande e Vargem Pequena), Guaratiba, partes da zona oeste mais próximas do mar, você tem ainda situações de alagamentos. Jacarepaguá também tem situações complexas. Na região da Grande Tijuca, o Rio Maracanã transbordou, mas já está normal”.
Paes informou ainda que a tendência é de chuva hoje, a princípio mais de fraca para moderada. “Então o meu pedido para vocês é que fiquem atentos, se puder evitar deslocamentos desnecessários a gente agradece para que a gente possa arrumar a cidade ao longo do dia”, disse. (ANSA-Com Agência Brasil) (ANSA).