Pelo menos 11 pessoas morreram, e uma permanece desaparecida no Rio de Janeiro, depois das fortes chuvas que castigaram a capital na madrugada deste domingo (14), confirmou à AFP o Corpo de Bombeiros.

As chuvas atingiram com especial força a zona norte do Rio e municípios próximos da região metropolitana, onde se concentraram as mortes, por causa de um deslizamento de terra, afogamentos e descarga elétrica.

Uma mulher permanece desaparecida.

Os estragos causados palas chuvas levaram o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), a decretar “situação de emergência” neste domingo.

Em trechos da Avenida Brasil, que liga o centro à zona oeste da cidade, a água acumulada chegou a superar o capô dos automóveis e obrigou o bloqueio temporário da via durante a noite.

Várias linhas de ônibus deixaram de circular, e pelo menos quatro estações do metrô tiveram de fechar temporariamente neste domingo, devido ao acúmulo de água nos trilhos.

Algumas regiões da cidade registraram um acumulado de mais de 200 milímetros de chuvas nas últimas 24 horas, superando em um dia a previsão para todo mês de janeiro.

Em Acari, um dos bairros da Zona Norte mais afetados, a situação é especialmente crítica para o hospital municipal Ronaldo Gazolla, cujos consultórios no subsolo ficaram debaixo d’água.

O temporal também afetou comércios, como o de Alexandre Gomes, que tirava água de dentro da loja neste domingo.

“Estive aqui pra trabalhar e está tudo cheio, tudo transtornado […] Todo ano é a mesma coisa. Quando chove assim forte aqui enche e vira uma piscina, uma lagoa de verdade”, lamenta o comerciante.

“Seguindo orientação do presidente @LulaOficial, estamos atuando junto com Prefeito @eduardopaes, para garantirmos todo o apoio do Governo Federal a população atingida pelas fortes chuvas no Rio de Janeiro”, disse Waldez Góes, ministro do Desenvolvimento Regional na rede social X.

Os Bombeiros do Rio responderam a 200 ocorrências relacionadas à chuva nas últimas 24 horas, segundo relatório publicado neste domingo, principalmente para realizar resgates e intervenções contra enchentes e deslizamentos de terra.

A cidade continua em estado de alerta.

Paes ainda recomendou aos moradores, neste domingo, que permaneçam em suas casas, ou em locais seguros, e evitem se deslocar para evitar “atrapalhar os agentes públicos e colocar em risco sua vida”.

O Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais advertiu, nas últimas horas, que existe um risco “muito grande” de deslizamentos para oito municípios do Rio.

Segundo o Centro de Operações Rio, o clima se manterá “instável” neste domingo e existe previsão de “chuva fraca” para tarde.

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse que “durante toda a madrugada seguimos trabalhando e, agora pela manhã, voltei a falar com todos os prefeitos dos municípios mais afetados pela chuva, com os da Baixada Fluminense e São Gonçalo”, conforme mensagem publicada no X.

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