A temporada de furacões do Atlântico de 2024, que começa na próxima semana, deverá ser “extraordinária”, com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior, informou a Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA).

“Esta temporada será extraordinária em muitos aspectos”, disse o diretor da agência, Rick Spinrad, nesta quinta-feira (23).

Levando em conta todas as tempestades mais fortes, a agência nunca havia previsto um número tão alto em suas projeções de maio, acrescentou o funcionário.

Essas previsões estão relacionadas, em particular, ao desenvolvimento esperado do fenômeno climático La Niña, bem como às temperaturas muito altas no norte do Oceano Atlântico, explicou.

No total, de acordo com a NOAA, poderia haver entre 17 e 25 tempestades nomeadas (aquelas que desenvolvem ventos de mais de 63 km/h). Dessas, oito a 13 poderão se tornar furacões (tempestades com ventos de mais de 119 km/h), e quatro a sete delas poderão ser de categoria 3 ou superior (178 km/h ou superior).

O fenômeno climático La Niña está se desenvolvendo no Oceano Pacífico, mas tem consequências para todo o planeta. Seu oposto, o El Niño, esteve presente no ano passado e tendeu a moderar a atividade de furacões no Atlântico Norte.

A temporada de furacões no Atlântico vai do início de junho ao final de novembro. Esses eventos podem ser devastadores tanto materialmente quanto em termos de riscos para as pessoas, especialmente nos estados do sul dos Estados Unidos.

Em 2022, o furacão Ian devastou o estado da Flórida, no sudeste do país, causando dezenas de vítimas e deixando mais de US$ 100 bilhões em danos.

Em geral, devido ao aquecimento global, os furacões estão se tornando mais poderosos, alimentados pelas superfícies oceânicas afetadas por temperaturas mais altas, de acordo com muitos cientistas.

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