As fortes chuvas no Equador deixaram, desde janeiro, 18 mortos e mais de 90 mil pessoas afetadas, informou nesta segunda-feira (10) a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos (SNGR).
A costa de Manabí, no oeste do país, concentra o maior número de afetados, com cerca de 51 mil. Em seguida vem Guayas (sudoeste), com quase 14 mil.
Rios transbordados, inundações e deslizamentos de terra, resultantes das chuvas prolongadas, deixaram 91 feridos e 112 moradias completamente destruídas, segundo o balanço mais recente da SNGR.
O setor agrícola também sofre as consequências da forte temporada de chuvas. Cerca de 6 mil hectares de cultivos foram perdidos e cerca de 50 mil animais de fazenda morreram.
O Instituto Nacional de Meteorologia e Hidrologia (Inamhi) prevê chuvas “fortes” na costa e na Amazônia até quarta-feira, enquanto no restante do país as chuvas serão “moderadas”.
O frio se intensificou na Sierra. Os picos de algumas montanhas que cercam Quito amanheceram cobertos de neve nesta segunda-feira.
De acordo com o ministério de Riscos, no momento há 16 rios transbordados e 22 com tendência a aumentar seu volume de água.
As torrenciais chuvas contrastam com a pior seca em 60 anos que o país sul-americano enfrentou em 2024, o que causou incêndios florestais e apagões de até 14 horas por dia devido à queda na produção das usinas hidrelétricas.
Em 2024, as chuvas deixaram no Equador dois mortos, 11 feridos e mais de 1.000 pessoas afetadas, segundo dados oficiais.
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