Como já havia dito antes em manifestações durante a investigação em torno do Decreto dos Portos, o presidente Michel Temer negou que o Grupo Rodrimar tenha sido beneficiado com a edição do decreto dos Portos, publicada em maio de 2017.

Temer reafirmou sua posição em resposta às perguntas elaboradas pela Polícia Federal na investigação que apura um suposto esquema de corrupção no Porto de Santos. “As empresas do Grupo Rodrimar não foram beneficiadas com a edição do Decreto nº 9.048/2017, conforme demonstram os documentos do Ministério dos Transportes constantes dos autos de investigação e complementados pelos que estão sendo feitos em separado, por petição”, reforça Temer.

O presidente ainda disse que não foi procurado por empresários do setor portuário sobre a edição do decreto, e que não acompanhou a tramitação da matéria. Em um das perguntas em que a PF procura saber da relação de Temer com o setor portuário em São Paulo, a corporação cita que “diversos meios de comunicação fazem referência a Vossa Excelência como tendo vínculos com o setor portuário de Santos/SP”. Temer responde que, na condição de vice-presidente e de presidente da República, “recebia e dialogava com representantes dos inúmeros segmentos sociais e empresariais do País, inclusive do setor portuário”.

A polícia ainda questiona como, em 2013, quando o antigo decreto dos portos era editado, as questões das concessionárias de terminais portuários chegaram a vice-presidência, ocupada então por Temer. “Os empresários procuraram diretamente Vossa Excelência ou foram levados por algum parlamentar para audiência, em 2013?”, pergunta a PF.

O presidente responde que a questão dos portos, “tal como tantas outras”, chegou ao seu conhecimento por intermédio de membros do próprio governo e de parlamentares. “Não tenho e jamais tive nenhuma relação com o setor portuário diversa das que mantive como parlamentar, Vice-Presidente e Presidente da República com os setores empresariais”, afirmou Temer.

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