O presidente Michel Temer ficou de mal do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Como os escolares de antigamente, Temer ficou magoadinho com Alckmin. Em videos divulgados nesta quarta-feira 5, Temer disse que Alckmin disseminava “falsidades” em seu programa na propaganda eleitoral gratuita no rádio e TV, com ataques à política educacional e de saúde do atual governo. “Não posso me silenciar em homenagem ao povo brasileiro”, disse Temer, como se “o povo brasileiro” ainda se importasse com ele, o presidente pior avaliado de toda a história.

O presidente diz que ao atacar a educação, Alckmin se esquece que seu ministro da área, Mendonça Filho, é do DEM, partido que agora apóia Alckmin. Disse também que o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, é do PP, partido ao qual pertence a vice de Alckmin, a senadora Ana Amélia. Temer disse que, com isso, se Alckmin for eleito, a base de governo dele será a mesma do seu governo.

Além disso, Temer lembra que teve vários ministros tucanos em seu governo, como Bruno Araujo (Cidades) e Antonio Imbassahy (Articulação de governo). “O PSDB ajudou muito meu governo. Eu levei o PSDB para dentro de meu governo”, desabafa Temer. Alckmin, no entanto, rebateu Temer de pronto, dizendo que ele sempre foi contra o PSDB entrar para o governo Temer. “Não foi o PSDB que elegeu Temer”, que, na verdade, foi eleito pelo PT, já que Dilma o tinha como seu vice. Temer é fruto do PT. Alckmin voltou ao assunto na quinta-feira, dizendo que Temer não “tem liderança e nem legitimidade”. De qualquer forma, essa troca de bofetadas só prejudica Alckmin, que subiu no Ibope para 9%, mas ainda não decolou o suficiente para ir ao segundo turno.