A sócia–fundadora do Nubank, Cristina Junqueira, passou a ser alvo de críticas nas redes sociais após divulgar um convite recebido para um evento do Brasil Paralelo, com participação do controverso psicólogo Jordan Peterson.

Depois da divulgação do evento, passou a circular no X (antigo Twitter) um vídeo de uma palestra de Jordan Peterson na qual ele disse que temos “que admirar (Adolf) Hitler”, porque ele era “um gênio organizacional”.

A empresa Brasil Paralelo também é alvo constante de críticas por abrir espaço para pautas que vão desde o negacionismo sobre as mudanças climáticas até a um documentário sobre o agressor de Maria da Penha, retratado como injustiçado.

Quem é o psicólogo Jordan Peterson?

Jordan Peterson é doutor em psicologia, psicólogo clínico e ex-professor de psicologia da Universidade de Toronto. Ele ganhou destaque internacional ao lançar o livro “12 Regras para a Vida: Um Antídoto para o Caos”.

Ele também ficou conhecido por se recusar a aceitar a C-16, recomendação canadense que obriga o uso do pronome “rhe” em vez de “she” (ela) ou “he (ele), no contexto de ampliação dos direitos ligados a gênero.

Além disso, Jordan é crítico ao movimento LGBTQIA+ e se apresenta como um conversador. Alguns fãs do psicólogo afirmam que ele não é um facista, apenas um liberal clássico, não é racista, somente reconhece as diferenças étnicas, não é misógino, apenas expõe a diferença entre homens e mulheres.

Nesse último caso, a diferença entre homens e mulheres, o psicólogo costuma utilizar a lagosta como exemplo, ao afirmar que a fêmea do animal marítimo escolhe os melhores machos para procriar, enquanto eles brigam por território. Na visão dele, essa divisão de tarefas deveria se refletir na vida humana.

Nas redes sociais, Jordan é conhecido por “defender” os chamados “jovens insatisfeitos”. No X (antigo Twitter), em 2022, ele chegou a ter o perfil bloqueado após utilizar o pronome “dela” ao se referir ao ator transgênero Elliot Page, que se identifica como homem.

Jordan foi notificado pela plataforma e se recusou a apagar a publicação. Após Elon Musk comprar o Twitter, o psicólogo teve a sua conta reativada, na qual expõe ser crítico a “cultura do cancelamento”, do politicamente correto e da política de identidade de gênero.