A Índia celebrou, nesta quinta-feira, a segunda das sete fases de suas megaeleições legislativas, as maiores da história, divididas em cerca de seis semanas por questões logísticas.

Cerca de 158 milhões de eleitores dos cerca de 900 do gigante do sudeste asiático são convocados a eleger seus deputados em 95 distritos eleitorais, a maioria deles no sul e no leste do país. Noventa e um distritos votaram na semana passada.

Na conflituosa região da Caxemira (norte), onde ocorre uma insurreição separatista, a grande cidade de Srinagar tinha uma mobilização significativa de soldados e paramilitares. Fora eles, as ruas estavam praticamente vazias.

Ao todo, serão necessário 1 milhão de centros de votação para eleger 543 deputados da Lok Sabha, a câmara baixa do Parlamento indiano, cujo viés político determinará o do Executivo desta democracia parlamentar.

Após cinco anos de governo de Narendra Modi, os indianos decidem se continuam a confiar nos nacionalistas hindus ou recorrem a uma alternativa.

“Este é, literalmente, o maior exercício democrático já executado na História do mundo todo”, tinha afirmado na semana passada Milan Vaishnav, especialista do Carnegie Endowment for International Peace de Washington.

Devido às enormes proporções do país, o segundo mais populoso do mundo atrás da China, essas legislativas serão desenvolvidas em sete fases, em cada uma das quais votarão diferentes regiões em eleições uninominais majoritárias de um turno, de 11 de abril a 19 de maio. A contagem de votos será realizada em 23 de maio.