A televisão pública chinesa CCTV retirou de sua programação a partida da Premier League entre o Arsenal e o Manchester City neste domingo às 16h30 (13h30 no horário de Brasília), após o apoio público do meio-campista Mesut Ozil em favor dos uigures de Xinjiang.

Ozil, alemão de origem turca, havia condenado na sexta-feira nas redes sociais a repressão da China contra a minoria muçulmana em sua região oeste, criticando também os países muçulmanos por não denunciarem os abusos.

“Alcorões estão sendo queimados… Há mesquitas destruídas… Escolas islâmicas proibidas… Intelectuais religiosos assassinados um após o outro… Irmãos enviados à força para campos”, denunciou o jogador no Twitter e Instagram.

“Os muçulmanos continuam calados. A voz deles não é ouvida”, acrescenta o texto, acompanhado da bandeira do que os separatistas uigures chamam de Turquestão Oriental.

Inicialmente, a partida seria transmitida ao vivo na cadeia de esportes CFTV.

No entanto, neste domingo, a CCTV substituiu na sua programação o jogo pela transmissão da partida entre Tottenham e Wolverhampton.

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O basquete americano também sofreu represálias da televisão chinesa, após o apoio do gerente geral do Houston Rockets, Daryl Morey, aos manifestantes pró-democracia de Hong Kong, o que levou a tensões diplomáticas entre os dois países.

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