Por Clara-Laeila Laudette

MADRI (Reuters) – A Telefónica buscará aquisições para expandir sua divisão recém-formada de negócios de tecnologia, disse o vice-presidente de operações (COO), Ángel Vilá, nesta quinta-feira, após a empresa espanhola publicar os resultados do primeiro trimestre alinhados com as previsões.

A Telefónica, assim como suas rivais europeias, tem enfrentado problemas de crescimento, além do impacto da pandemia de Covid-19. Por isso, ela tem vendido ativos para pagar dívidas e financiar uma atualização para redes 5G de última geração.

A empresa deseja extrair valor da internet das coisas (IOT, na sigla em inglês), Big Data, serviços em nuvem e serviços de segurança cibernética fornecidos por seu negócio em rápido crescimento Telefónica Tech.

“Estamos procurando aquisições para complementar tanto o alcance quanto a capacidade de nossa unidade IOT Tech, e vamos conquistar mais ainda mais áreas em nossos mercados … como o Brasil”, disse Vilá à Reuters.

O lucro do primeiro trimestre da Telefónica somou 3,42 bilhões de euros, em linha com a previsão média de 3,36 bilhões de euros dos analistas.

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A venda das antenas móveis Telxius para a American Tower deve permitir a Telefónica reduzir a dívida líquida em 9 bilhões de euros no próximo trimestre – mas cerca de 1 bilhão irá para futuros contratos de aluguel, disse a vice-presidente financeira da companhia, Laura Abasolo.

Da mesma forma, grande parte do caixa gerado durante o trimestre foi alocado para leilões de espectro no Reino Unido, na Espanha e no Chile, embora Vilá tenha dito que os custos do espectro britânico foram menores do que o esperado.

Os investimentos em radiofrequências, que são fundamentais para construir conectividade na corrida para implantar dados móveis 5G de última geração, custaram à Telefônica 694 milhões de euros.

“Os leilões da Espanha e do Brasil ainda estão por vir, mas as aquisições de espectro no Reino Unido trouxeram seguranças”, disse Vilá a analistas, acrescentando que o controle de custos ajudou o desempenho dos negócios britânicos.

“Esperamos que (esse desempenho) continue graças às sinergias geradas por nossos empreendimentos conjuntos”, disse Vilá, referindo-se ao acordo de fusão entre a Virgin e a O2.

(Com reportagem adicional de Isla Binnie e Jesus Aguado)

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