O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo nesta sexta-feira (15), antes de completar um mês à frente da pasta. Teich tomou posse em 17 de abril. As informações são da TV Globo.

De acordo com o jornal Estado de S.Paulo, o secretário executivo, general Eduardo Pazuello, deve assumir interinamente. Essa é a segunda saída de um ministro da Saúde em meio à pandemia do coronavírus.

Teich havia substituído Luiz Henrique Mandetta. Assim como Mandetta, Teich também apresentou discordâncias com o presidente Jair Bolsonaro sobre as medidas para combate ao coronavírus. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde, de acordo com a pasta.

Nos último dias, Bolsonaro estava pressionando o ministro a dar uma resposta sobre o protocolo do uso de cloroquina para o tratamento da Covid-19. O presidente defende o uso do medicamento logo no início dos primeiro sintomas.

Na terça-feira (12), Teich escreveu em sua conta oficial no Twitter que a cloroquina pode trazer efeitos colaterais. “Então, qualquer prescrição deve ser feita com base em avaliação médica. O paciente deve entender os riscos e assinar o ‘Termo de Consentimento’ antes de iniciar o uso da cloroquina”, afirmou o ministro.

Também no dia 12, Teich foi surpreendido pela decisão de Bolsonaro de considerar salões de beleza, barbearia e academias como serviços essenciais. Apesar de não ter sido consultado antes, o ministro disse que a decisão era prerrogativa do Ministério da Economia e não da pasta dele.