São Paulo, 12 – A duplicação da capacidade de embarque do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), instalado no Porto de Itaqui, em São Luís (MA), deve ser concluída no primeiro semestre de 2020, com o início das operações na nova área no mesmo período. A contratação das obras e equipamentos necessários ocorrerá no começo deste ano, conforme antecipou ao Broadcast Agro (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o Consórcio Tegram-Itaqui, que administra o terminal.

Com o início da operação da segunda fase, o Tegram terá capacidade para movimentar 12 milhões de toneladas de grãos (soja, milho e farelo de soja) por ano. Até então, a previsão era de 10 milhões de toneladas anuais. No ano passado, o terminal movimentou 6,3 milhões de toneladas.

Atualmente, a capacidade operacional do Tegram é de cerca de 7 milhões de toneladas de grãos ao ano. Além de um berço de atracação, a infraestrutura abrange quatro armazéns com capacidade estática de 500 mil toneladas de grãos (125 mil por armazém), um shiploader (equipamento que transfere a carga para os navios), moegas rodoviárias e moega ferroviária.

A ampliação do Tegram, que se inicia neste ano, contempla a duplicação da linha de embarque para operar mais um berço de atracação, que funcionará de forma simultânea ao berço atualmente utilizado; compra de um segundo shiploader que, segundo o Tegram, permitirá ao terminal embarcar 5 mil toneladas de grãos por hora nos dois berços e carregar dois navios simultaneamente.

Também está prevista a ativação de uma segunda linha da moega ferroviária, que tornará viável a descarga de grãos de oito vagões ao mesmo tempo, a uma taxa de 4 mil toneladas por hora. Quando toda a estrutura estiver finalizada, no ano que vem, o Tegram deve receber 80% do volume pelo modal ferroviário e 20% pelo rodoviário.

O consórcio que administra o Tegram é formado pelas empresas Terminal Corredor Norte (ligada à trading NovaAgri, do grupo japonês Toyota Tsusho), Glencore Serviços (da trading Glencore), Corredor Logística e Infraestrutura (braço de logística do Grupo CGG, que tem ainda uma trading e produção de grãos) e ALZ Terminais Portuários (das tradings Amaggi, Louis Dreyfus e Zen-Noh Grain).