O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH) condenou, nesta terça-feira (16), a Grécia a pagar 80 mil euros (87 mil dólares ou 424,2 mil reais) aos familiares de um migrante sírio, que foi ferido por um disparo da Guarda Costeira grega em 2014 e que morreu um ano depois.

O tribunal pan-europeu considerou que Atenas não demonstrou que “o uso da força era absolutamente necessário” para deter uma embarcação com migrantes em 22 de setembro de 2014 na zona de Pserimos, em frente à Turquia.

A embarcação, conduzida por dois traficantes turcos, colidiu várias vezes com o navio da Guarda Costeira grega e deixou um soldado ferido. A Guarda disparou 13 balas no motor do barco para pará-lo.

Dois dos 12 migrantes a bordo ficaram feridos, ambos cidadãos sírios. Um deles, Belal Tello, foi atingido na cabeça e morreu no final de 2015 na Suécia.

A operação “não foi realizada de forma a minimizar o uso da força letal e possíveis riscos para a vida”, segundo a decisão do TEDH, que considera que a Guarda Costeira poderia presumir que havia migrantes a bordo.

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