SÃO PAULO, 4 DEZ (ANSA) – Casos de roubo de carros-fortes e cargas pelo Brasil têm sido destaques nos últimos meses. Desde o roubo cinematográfico no aeroporto de Guarulhos, onde foram levados 720 quilos de ouro, até o mega assalto no aeroporto de Viracopos, em Campinas, e a recente invasão ao terminal de cargas do Galeão, no Rio.   

Apesar desses crimes não exporem a vulnerabilidade dos sistemas de segurança, já que são casos isolados, empresas do setor têm investido em soluções inovadoras para garantir que seus veículos e mecanismos se tornem ainda mais seguros.   

“As empresas buscam conhecer e agregar em seus modelos de desenvolvimento de produtos e soluções o ecossistema de tecnologia que envolve os ambientes de inteligência artificial, processos de desenvolvimento de IoT e o melhor entendimento do conceito de cidades inteligentes, já que o pilar de segurança é um dos mais requisitados dentro desse conceito”, explicou à ANSA Cláudio Procida, consultor da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). Segundo o representante da Abese, mesmo já utilizando tecnologia de segurança, as companhias precisam “aprimorar muito mais suas estratégias, buscando uma maior especialização dos seus profissionais e também uma mudança dos conceitos de planejamento de segurança”.   

Atualmente, muitas empresas apostam em caminhões blindados, etiquetas eletrônicas nas cargas, selos de identificação de origem e até drones para evitar o aumento de furtos. Além disso, mudanças no processo seletivo de funcionários e investimento em contrainteligência, já que a maioria dos roubos envolvendo malotes tem origem no vazamento de informações internas, também estão entre algumas providências tomadas.   

“Hoje temos diversos artefatos de segurança que atuam na prevenção como um controle de acesso com inteligência artificial, portarias remotas, análise de imagens e também dispositivos que atuam na reação a eventos como, por exemplo, os geradores de fumaça que dispersam os criminosos dentro de um ambiente fechado”, acrescentou Procida.   

Esses novos mecanismos agregados à inteligência artificial têm sido aliados importantes na prevenção de roubo de cargas, de acordo com o especialista em segurança pública, Fábio Ramazzini Bechara, da Universidade Presbiteriana Mackenzie.   

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Alguns dos equipamentos e novidades poderão ser vistos no próximo ano, entre 14 e 16 de abril, na 23ª edição da Exposec, maior feira de segurança eletrônica da América Latina, em São Paulo. Organizado pela Cipa Fiera Milano, o evento reúne as mais recentes tecnologias, produtos e serviços da área. “A tecnologia pode promover soluções não só para aumentar seu sistema de vigilância e monitoramento, mas também consegue, com o recurso da ciência de dados, fazer com que [a empresa] desenvolva a predição para identificar com antecedência fatores de maior vulnerabilidade e fazer intervenções para retardar e dificultar a ação ilícita”, finalizou Bechara à ANSA. (ANSA)


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