O Brasil, um dos maiores produtores de grãos do mundo, possui condições climáticas favoráveis e extensas áreas de cultivo, o que contribui para o desenvolvimento dessa cultura. O milho por exemplo é também um dos principais cereais cultivados no país, tanto para consumo interno quanto para exportação.

A produção orgânica de milho cresce a cada dia como uma opção sustentável e saudável. Esse tipo de cultivo segue diretrizes específicas que garantem a qualidade e a segurança dos alimentos. Os agricultores orgânicos utilizam práticas de manejo do solo, rotação de culturas, compostagem, adubação orgânica e controle biológico de pragas e doenças.

No entanto, segundo Paulo Marks, a produção de alimentos orgânicos enfrenta desafios, especialmente no controle de doenças que podem limitar a produtividade das culturas. No cultivo do milho não é diferente, e algumas pragas e doenças também são questões a serem enfrentadas.

“O cultivo do milho enfrenta desafios constantes com pragas e doenças, que ameaçam sua produtividade. Desde o ataque da lagarta-do-cartucho e do pulgão até doenças como a ferrugem e o enfezamento, os agricultores precisam estar vigilantes e adotar medidas eficazes de manejo para garantir a saúde e o sucesso de suas plantações de milho”, destaca o especialista. Essas pragas e doenças causam danos às folhas, debilitam as plantas e podem reduzir a produtividade.

Felizmente, a tecnologia e a inteligência artificial têm desempenhado um papel fundamental no combate a essas doenças e pragas na produção de milho. Novas ferramentas e técnicas estão sendo desenvolvidas para auxiliar os agricultores na detecção precoce, prevenção e controle desses problemas.

Uma das principais contribuições da tecnologia é o desenvolvimento de sensores remotos e imagens de satélite, que permitem monitorar áreas extensas de plantações de milho e identificar rapidamente possíveis focos de doenças ou infestações de pragas. Algoritmos de inteligência artificial analisam essas imagens e fornecem aos agricultores informações precisas sobre as condições das plantas, permitindo uma resposta rápida e eficiente.

Além disso, a tecnologia possibilita o uso de dispositivos conectados e sistemas de monitoramento em tempo real. Sensores instalados nas plantações coletam dados sobre temperatura, umidade do solo, nível de nutrientes e outros parâmetros importantes. Essas informações são enviadas para os agricultores, que podem acompanhar o desenvolvimento das plantas e identificar precocemente qualquer sinal de doenças ou estresse.

Outra aplicação promissora da tecnologia é a utilização de modelos de previsão e análise de dados. Com base em dados históricos e em tempo real, esses modelos conseguem prever a ocorrência de doenças ou pragas com uma margem de erro reduzida. Isso permite que os agricultores adotem medidas preventivas de forma mais eficaz, reduzindo o uso de agrotóxicos e os impactos ambientais.

Em relação às plantas daninhas, a tecnologia também oferece soluções. Imagens de satélite e algoritmos de inteligência artificial permitem identificar e mapear as áreas infestadas por plantas indesejadas. Com essas informações em mãos, os agricultores podem adotar estratégias de manejo mais eficientes, como o uso de técnicas de controle biológico.

Diante dessas perspectivas, Paulo Marks acredita que a tecnologia e a inteligência artificial desempenharão um papel cada vez mais relevante no combate às doenças que afetam a produção de milho na agricultura orgânica. “Essas ferramentas são fundamentais para garantir a produtividade, a sustentabilidade e a segurança alimentar, contribuindo para uma agricultura mais eficiente e saudável”, ressalta o especialista.