Os primeiros dias do treinador português Armando Evangelista como comandante do Goiás foram cheios de altos e baixos. Se por um lado ele viu sua equipe vencer o Vasco fora de casa, por outro, a comissão técnica do esmeraldino viveu momentos de tensão após o final do jogo.

Evangelista não esteve à beira do gramado por conta de trâmites legais em seu visto de trabalho, mas acompanhou a ação em um dos camarotes de São Januário. Ao fim da partida, parte da torcida vascaína passou a protestar contra a derrota de forma violenta, batendo no vidro que separava o local onde a comissão técnica estava. Com medo, os presentes no camarote se esconderam entre as cadeiras e foram resgatados pela polícia.

Em entrevista ao jornal português “Record”, o técnico relatou o incidente e afirmou “ter temido pelo pior”. “Estávamos em um camarote e, quando o árbitro terminou o jogo, gerou-se um tumulto, invadiram os camarotes, quebraram os vidros e tivemos que ficar trancados em um camarote, escondidos, para que ninguém pudesse nos ver. Nós tememos o pior, já que foram confrontos muito feios e que em nada dignificam o que é o futebol”, relatou o treinador, que ainda pediu para que medidas fossem tomadas para que tal violência não se repetisse.

Após a repercussão do caso, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu que a equipe carioca não poderá vender ingressos para as partidas como mandante ou receber a carga como visitante pelos próximos 30 dias.

No período da punição, o Vasco jogará cinco partidas pelo Campeonato Brasileiro, que é a única competição que o time ainda disputa em 2023. A equipe carioca enfrenta Cuiabá, Cruzeiro e Athletico-PR, em São Januário, e visita Botafogo e América-MG.