O ex-treinador da velocista Krystsina Tsimanuskaya, que desertou durante os Jogos de Tóquio em 2021 por medo de voltar a Belarus depois de criticar sua federação de atletismo, foi punido com uma suspensão de cinco anos, anunciou a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).

“A AIU suspendeu o técnico Yury Moisevich por cinco anos, a partir de 20 de fevereiro de 2024, por violação do código de conduta de integridade do Atletismo Mundial”, declarou a AIU.

“A maneira com a qual o treinador principal e a equipe técnica da delegação bielorrussa optaram por reagir é uma clara ofensa à dignidade da atleta e um abuso de poder”, explicou o órgão mundial de atletismo na sua decisão.

Tsimanuskaya foi apresentada publicamente como “uma jovem instável, incapaz de participar de sua prova para tentar justificar sua desistência”, destacou a AIU, acrescentando que “o treinador principal ofereceu informações falsas ou imprecisas sobre o desenvolvimento dos fatos que levaram à saída da atleta da Vila Olímpica”.

Tsimanuskaya, de 27 anos e especialista nos 100 e 200 metros rasos, protagonizou um escândalo internacional durante os Jogos de Tóquio, de onde fugiu com a ajuda do Comitê Olímpico Internacional (COI) por medo de uma repatriação forçada para ser presa em Belarus, depois de ter criticado a federação de atletismo de seu país.

A atleta se refugiou na Polônia, que lhe concedeu um visto humanitário e ela passou a representar o país desde agosto de 2023.

Moisevich, de 63 anos e que se aposentou do atletismo em 2023, tem 21 dias para apresentar um recurso contra sua sanção perante a Corte Arbitral do Esporte (CAS).

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