O retorno da França a uma final de Copa do Mundo deixa incomodado o técnico da equipe, Didier Deschamps, pelos comentários e comparações feitas no país. O treinador afirmou nesta terça-feira, em São Petersburgo, após bater a Bélgica por 1 a 0, que não faz para os seus jogadores nenhum paralelo entre o elenco atual e o de 1998, quando a equipe foi campeã, para motivá-los a escreverem a própria história.

Em 1998, a França sediou e ganhou a Copa ao ter Deschamps como volante e capitão do time. Após o vice em 2006, ao perder a final nos pênaltis para a Itália, o país está de volta à final do torneio, mas não quer falar do passado. “Você pode viver uma fase de cada vez. Eu nunca mencionei a minha história. Não se pode comparar com situações de 20 ou talvez até dez anos atrás. Estamos aqui para escrever uma nova história”, disse.

Deschamps também participou da Copa de 2014, já como técnico. A França acabou eliminada nas quartas de final na ocasião, ao perder para a Alemanha por 1 a 0. Outro resultado importante dele como treinador foi o vice na Eurocopa de 2016, disputada em casa. A equipe perdeu a decisão para Portugal, na prorrogação, por 1 a 0. Nesta Copa os franceses ganharam cinco jogos e empataram um, com a Dinamarca, com parte dos titulares poupados.

O treinador afirmou que a França não pode ficar presa ao passado ou a comparações com 1998. “Não que não tenha orgulho do passado, mas agora é só uma foto na parede. Cada um vive no seu tempo. Não podemos olhar para trás, mas sim para frente”, disse Deschamps, que demonstrou incômodo ao ser questionado sobre coincidências com o ano do título, como adversários sul-americanos e gols de zagueiros.

A França aguarda o vencedor do confronto entre Inglaterra e Croácia para saber qual será o adversário na final. Os croatas, por coincidência, foram adversários em 1998 na semifinal. Para comemorar a classificação, Deschamps deu folga aos jogadores e recomendou ao elenco para passar o dia livre com as famílias.

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