O técnico da seleção sul-africana de futebol nos Jogos de Tóquio, David Notoane, pediu um “trato humano” e denunciou o “estigma” do qual sua equipe foi vítima após ser afetada por casos positivos de covid-19.

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O técnico garantiu que viu “saírem correndo” na presença de sua equipe, após dois jogadores e um analista de vídeo darem positivo para covid-19 no último domingo, o que obrigou 21 pessoas que tiveram contato com os infectados a serem isoladas antes do início do torneio.

“Acredito que há algo que precisa ser falado, é a questão do estigma”, declarou Notoane. “Às vezes, quando as pessoas cruzam com a gente, vemos que fogem como se algo não estivesse bem. Considero isso um pouco desrespeitoso”, completou, após a derrota na estreia nos Jogos de Tóquio contra o Japão (1-0) nesta quinta-feira.

O técnico pediu um “trato humano” para seus jogadores, que tiveram que estar confinados em seus quartos e perderam sessões de treinamento por terem tido contato com os contaminados.

“Isso limitou nossa preparação”, insistiu, afirmando não ser uma desculpa para justificar a derrota na estreia para a seleção anfitriã. “Regras são regras”, concluiu.