Mateus Alves era só alegria após o Brasil encerrar sua participação no Pan de Santiago com campanha histórica no boxe. Dos 13 representantes do Brasil, 12 ganharam medalha, com as mulheres subindo no pódio nas seis categorias, sendo quatro ouros, para plena satisfação do treinador da seleção nacional.

“Estou muito satisfeito com a equipe feminina, foi um desempenho monstruoso. O Brasil evoluiu muito com investimento em treinamento, participação em competições fora do Brasil, salário em dia. Hoje, Brasil e Colômbia são as potências do boxe feminino do Continente”, disse o radiante Mateus Alves.

Carol ‘Naka’ Almeida (50kg), Jucielen Romeu (57kg), Bia Ferreira (60kg) e Bárbara Almeida (66kg) venceram suas decisões nesta sexta-feira, no Centro de Treinamento Olímpico, em Santiago, e conquistaram o ouro. O País podia ter mais gente no topo, já que Michael Douglas Trindade (51kg) e Abner Teixeira (+92kg) acabaram não disputando a final por causa de lesões.

A dupla ficou com a prata, assim como Tatiana Chagas (54kg), Wanderley Pereira (80kg) e Keno Marley Machado (92kg). O Brasil tinha garantido outros três bronzes na quinta-feira, com Viviane Pereira (75kg), Luiz Oliveira “Bolinha” (57kg) e Yuri Falcão (63.5kg). Os nove finalistas se garantiram em Paris-2024.

“Vamos buscar (as quatro categorias que ainda não classificaram). Em 13 sorteios, as chances de caírem duas ou três chaves melhores é maior. É isso. Não é só competência, tem o fator de encaixar o jogo contra os adversários. As vezes vai encaixar melhor contra um país ou outro”, previu Mateus Alves. “E fugir de adversários duros como o Julio (Cesar La Cruz, cubano que derrotou Keno na final) na primeira luta é bom. Melhor pegar na semifinal ou na final”, completou.