Técnico da seleção feminina de vôlei do Quênia, o brasileiro Luizomar de Moura deu uma declaração emocionante após a eliminação diante do Brasil, nesta segunda-feira (2). Velho conhecido da modalidade nacional, o treinador pernambucano de 55 anos superou complicações da Covid-19 e, dois meses depois, foi convidado para assumir a ideia promissora da seleção africana.

Comandante do Osasco, Luizomar recebeu o projeto em mãos pela Federação Internacional de Voleibol (FIB). Nomeado “Volleyball Empowerment”, o propósito da entidade é desenvolver a modalidade em países com infraestruturas debilitadas em comparação com as grandes potências do vôlei.

– É agradecer a Deus pela oportunidade de estar vivo em um momento em que o Brasil perdeu tantas vidas. Estar aqui é agradecer sempre. Agradecer à oportunidade da Federação Internacional, agradecer como eu fui recebido pela Federação Queniana, pelas atletas e, no futuro… Eu nem imaginava esse ano estar aqui. Aconteceu em abril, mas foi algo que eu sonhei durante a vida inteira – disse.

Contra um Brasil buscando a liderança do grupo A, Luizomar ainda comentou sobre o reencontro com jogadoras brasileiras.

– Era uma coisa que lá atrás, em 2005, a gente falava: ‘olha, se vocês se esforçarem, vão ser atletas olímpicas’. E elas foram conquistando esse direito. E, de alguma forma, eu também sonhava com isso. Assistia a elas na televisão. Então, encontrar o Brasil aqui, que está mostrando um grande time, que tem tudo para brigar na competição, foi uma honra. Gratidão, amigo – concluiu.

A Seleção Brasileira feminina de vôlei derrotou, nesta segunda-feira, o Quênia por 3 sets a 0 – parciais de 25-10, 25-16, 25-8, no encerramento da fase classificatória dos Jogos de Tóquio. A próxima fase será na quarta-feira do Japão (noite de terça e manhã de quarta, no horário de Brasília).