Funcionária do Hospital Odilon Behrens, localizado na Lagoinha, em Belo Horizonte, em Minas Gerais, uma técnica de enfermagem, de 48 anos, acusa de transfobia duas supervisoras da unidade de saúde. Segundo a vítima, ela vinha sofrendo abordagens abusivas e perseguições por sua identidade de gênero. As informações são do ‘O Tempo’.

Quatro anos como funcionária do hospital, a mulher foi demitida em maio. Após o ocorrido, ela decidiu procurar ajuda da Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG).

Para a DPMG, a mulher relatou que recebia perguntas invasivas e muito pessoais, de forma ríspida, além de questionamentos sobre qual banheiro ela deveria utilizar. A situação se agravou quando a ex-funcionária do hospital começou a desenvolver crises de ansiedade, pânico e taquicardia. A técnica de enfermagem também alegou que, por estar desempregada, estava passando por dificuldades para se sustentar e fazer atividades básicas, como a compra de alimentos.

Vladimir de Souza Rodrigues, defensor público de Direitos Humanos, Coletivos e Socioambientais, alegou que enviou dois ofícios ao Hospital Odilon Behrens, pedindo a reintegração da técnica ao quadro de funcionários. Para ele, o desligamento da mulher foi ilegal.

Em comunicado, a Prefeitura de Belo Horizonte disse estar ciente da denúncia recebida pela Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais e que está investigando o caso. “Imediatamente após tomar conhecimento da situação, foi iniciada a apuração de acordo com as normativas internas. O Hospital Metropolitano Odilon Behrens está à disposição dos órgãos competentes para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários”, informou.