Praga conta com dez “teatros negros” ou “teatros da luz negra”. Eles são atrações turísticas da capital tcheca. Mas é bom evitar imitações, porque existe um pioneiro: o Teatro Negro de Praga, fundado em 1949, que continua em funcionamento no centro da cidade. Seu fundador e pai de batismo é o diretor e produtor tcheco Jiri Srnec, de 87 anos. Ele está à frente e é o autor do espetáculo “Antologia — O Original Teatro Negro de Praga”, que iniciou em Fortaleza a primeira turnê pelo Brasil em 20 anos. O teatro de sombras tem raízes na China, mas Srnec modernizou-a ao incluir novas tecnologias de iluminação cênica. Segundo ele, a inovação da companhia foi potencializar os efeitos ilusórios da câmara escura com o uso da luz negra (leia ao lado). “É magia pura, um espetáculo que encanta grandes e pequenos”, diz. As cenas breves sob fundo negro percorrem a história do grupo, com seus esquetes de mímica, abstrações e animais fantásticos.

O resultado é de uma inocência difícil de ser representada com credibilidade no mundo de hoje. Em 2/2 no teatro Riachuelo em Natal; 5/2, teatro Bradesco Rio; 6/2 teatro Opus em São Paulo e 10/2 no teatro do Bourboun Country em Porto Alegre.

4 perguntas a Jiri Srnec

Divulgação

Como surgiu o Teatro Negro de Praga?
Surgiu há 70 anos, baseado no efeito da câmara escura, a incapacidade do olho humano de enxergar negro sobre negro.

Quais seus objetivos?
Desejamos mostrar ao espectador uma coisa diferente. Mexemos com a fantasia, a capacidade de sonhar e de imaginar que tudo é possível.

Que inovação vocês introduziram?
O Teatro Negro de Praga é um clássico e continuará para sempre clássico.

Qual o seu segredo?
Fazer tudo o que é possível com o negro e as cores. Não fazemos show de ilusões, mas algo sério que torna possível o extraordinário.