Por Leonel Rocha, da Coluna

Os problemas da família Cid não acabam. O general da reserva Mauro Cezar Cid foi exonerado da unidade da Apex da Flórida (a agência de exportação do Governo do Brasil) em janeiro com a mudança de Governo. Mas deixou pendências que trazem constrangimento agora ao Palácio do Planalto.

Mesmo fora do cargo, Cid pai conseguiu manter como gerentes na agência Fernando Spohr e Paola Buono. Admitidos sem concurso e com salários de US$ 10 mil mensais, cada, as contratações dos funcionários devem virar alvo de investigação do Tribunal de Contas da União, garantem fontes do orgão.

Amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro, o oficial é pai do tenente-coronel Mauro Cid, preso por adulterar o cartão de vacina do então chefe e agora investigado por suspeita de tentativa de golpe de Estado.

Em nota à Coluna nesta terça-feira, dia 4, a assessoria da APEX enviou a seguinte resposta:

“Os colaboradores Fernando Spohr e Paola Buono, assim como todos os demais colaboradores do escritório, ingressaram na agência em 2008 e 2007 respectivamente, por intermédio de processo seletivo, não tendo nenhuma relação com a indicação do militar.

Os colaboradores alcançaram todas as metas estabelecidas nos últimos anos (531 empresas apoiadas, sendo 220 em 2022, e receitas R$ 2,6 milhões (13% acima do fixado).

Nenhum escritório da ApexBrasil no Exterior, inclusive o de Miami, tem autonomia para contratar, demitir ou realizar despesas sem prévia autorização da sede e aprovação da Diretoria Executiva da ApexBrasil”

A Coluna mantém a posição de que ambos ascenderam internamente na gestão de Cid pai e assim foram mantidos nas funções após sua saída.