O conselheiro do TCE-SP (Tribunal de Contas de São Paulo) Dimas Ramalho questionou o Metrô pela demora em instalação de seguranças nas portas entre o trem e a plataforma, e estabeleceu o prazo de cinco dias para que a companhia esclareça os procedimentos utilizados.
O passageiro Lourivaldo Ferreira Nepomuceno morreu no dia 6 de maio após ficar preso nas portas de proteção entre o trem e a plataforma, na estação Campo Limpo, zona sul de São Paulo.
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Segundo o TCE, documentos fornecidos pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo) expõem que, ao realizar procedimento interno para investigar o ocorrido, observou-se que as portas entregues pela CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos de São Paulo) não atendiam integralmente aos quesitos de segurança previstos na especificação técnica de compra.
Já a SPI (Secretaria de Parcerias e Investimentos) afirmou ao tribunal que ocorreram quatro casos de passageiros presos na porta da plataforma entre dezembro de 2021 e julho de 2023. “Após exaustivos contatos, obteve apenas respostas inconclusivas quanto aos estudos realizado pelos fabricantes das portas, além da inércia e morosidade em contribuir para a solução da questão”, completou.
No despacho, o conselheiro deu o prazo para que o Metrô especifique questões de segurança das portas e apresente contratos com fornecedores e a relação de funcionários e diretores que atestaram os equipamentos.
Procurado pela IstoÉ, o Metrô informou que vai prestar os esclarecimentos ao TCE.