Os juros futuros fecharam em queda nos contratos de curto e médio prazos nesta quarta-feira, 13, enquanto os longos terminaram estáveis. Ao longo do dia, o mercado mostrou pouca disposição para os negócios, travado pela expectativa em relação à evolução do cenário político e sua influência sobre o andamento das reformas, principalmente a da Previdência, numa quarta-feira de eventos importantes. As taxas curtas seguiram refletindo a expectativa de queda da inflação e da Selic.

No final da sessão regular, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou em 7,59%, de 7,64% no ajuste de terça-feira; a taxa do DI para janeiro de 2021 (123.420 contratos) passou de 9,02% para 9,01%; e a do DI para janeiro de 2023 (40.890 contratos), de 9,65% para 9,64%.

Entre os destaques do dia, estava o julgamento da suspeição do procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão ainda está em andamento, mas já há maioria para rejeitar o pedido feito pela defesa do presidente Michel Temer. Se o pedido fosse aceito, Janot não poderia mais atuar nas investigações contra o peemedebista com base na delação premiada dos executivos do grupo J&F.

O resultado não chegou a influenciar as taxas, que poderiam reagir caso o pedido fosse acatado, disseram profissionais da renda fixa. Outro evento no radar é o depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro, que terminou pouco antes do fechamento deste texto.

Tampouco teve força para mexer com as taxas a discussão sobre a possível candidatura do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à Presidência em 2018. De acordo com o líder do partido na Câmara, Marcos Montes (MG), o PSD lançou o convite para que o ministro seja o candidato da legenda, mas o ministro negou que seja pré-candidato ao cargo.

“Eu não sou pré-candidato à Presidência da República”, disse Meirelles, em seu perfil oficial no Twitter. Apesar disso, o ministro escreveu ter ficado “muito honrado com as palavras de todos os deputados do PSD”.