Os juros futuros seguem em alta nesta quarta-feira, 6, ainda refletindo a apreensão dos investidores em relação ao desfecho do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A persistente valorização do dólar ajuda a dar suporte às taxas.

Às 9h48, o DI para janeiro de 2018 exibia taxa de 13,65%, de 13,62% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 estava em 14,07%, de 13,99% no ajuste de terça-feira.

No cenário político, o destaque é a apresentação do relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na Comissão do Impeachment da Câmara, às 14 horas. O documento será votado pela Comissão na segunda-feira. A oposição precisa de 33 votos dos 65 integrantes da comissão. O investidor aguarda também o desfecho da reunião das bancadas do PP na Câmara e no Senado para avaliar se desembarcam ou não da base aliada.

Um primeiro levantamento do Grupo Estado, que será diário, sobre o posicionamento dos deputados federais a respeito do impeachment aponta que 234 deputados são favoráveis e 110 contrários. Os indecisos somaram 56 e 10 não quiseram responder. Outros 103 não foram encontrados.

Além das incertezas domésticas, o clima no exterior nesta quarta é de cautela, com a espera pela divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, às 15 horas. O documento deve ajudar a calibrar as apostas sobre quantas vezes a instituição poderá elevar juros este ano.

Em discurso recente, a presidente do Fed, Janet Yellen, adotou postura mais “dovish” (favorável à manutenção de estímulos) do que o esperado, ao reiterar que o processo de aumento de juros será lento e gradual. Em março, o Fed manteve seus juros básicos inalterados. Em Nova York, às 9h48, o juro da T-Note de 2 anos subia 1,63%, a 0,7317%; e a taxa da T-Note de 10 anos, +1,06%, a 1,7410%.