Os juros futuros passaram a exibir viés de baixa, pressionados pelo recuo do dólar ante o real, após oscilarem ao redor da estabilidade nos primeiros negócios. No radar, estão os desdobramentos da segunda reunião ministerial do novo governo brasileiro.

Na segunda-feira, as taxas subiram refletindo as incertezas geradas pela falta de definições sobre a reforma da Previdência e outras medidas para ajuste fiscal e com os discursos desencontrados dentro da equipe de Jair Bolsonaro.

No câmbio, a moeda norte-americana iniciou a sessão com um viés de alta ante o real, sintonizado à valorização do dólar no exterior, mas perdeu força e caiu a uma mínima de R$ 3,7222 (-0,34%) pela manhã, paralelamente ao fortalecimento do petróleo. As cotações da commodity seguem em alta em meio à intenção da Arábia Saudita de cortar suas exportações da commodity.

O IGP-DI de dezembro e a produção industrial brasileira em novembro ficaram dentro do esperado, sem impacto na precificação da curva de juros, segundo um operador desse mercado.

Às 9h47, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 estava a 7,37%, de 7,40% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2023 caí a 8,45%, de 8,47% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 cedia a 8,97%, de 9,00% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,40%, a R$ 3,7197. O dólar futuro de fevereiro recuava 0,45%, aos R$ 3,7245.

A produção industrial teve ligeira alta de 0,1% em novembro ante outubro, interrompendo uma sequência de quatro quedas consecutivas, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, iniciada em 2002 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em quatro meses de taxas negativas, a indústria acumulou uma perda de 2,8%, calculou o IBGE

Mais cedo, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou redução de 0,45% em dezembro, ante um recuo de 1,14% em novembro, dentro do intervalo das previsões do mercado financeiro, que estimavam uma queda de 1,05% a 0,12%. A queda, porém, foi menor que a mediana, negativa em 0,68%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou uma elevação de 7,10% em 2018. Esse dado superou a mediana das projeções, de 6,84%, e veio perto do teto do intervalo, de 7,15%. O piso era 6,29%.

Já o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou 0,15 ponto porcentual na primeira quadrissemana de janeiro, atingindo 0,44%, após marcar 0,29% de alta na última medição de dezembro passado.