Os juros futuros recuam na manhã desta quarta-feira, 8, beneficiados pelo dólar e pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio dentro do esperado. O IPCA subiu 0,78% em maio, de 0,61% em abril, mas ficado dentro do estimado pelos economistas (0,69% a 0,83%) e pouco acima da mediana das projeções (0,76%).

Além disso, as taxas futuras fecharam em alta na terça, o que favorece uma correção na manhã seguinte, na ausência de mais “bombas” no cenário político.

Às 9h35, o DI para janeiro de 2018 estava em 12,52%, de 12,56% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 exibia 12,25%, na mínima, de 12,39%.

Para o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, no entanto, embora tenha vindo dentro do esperado e perto da mediana das projeções, a aceleração do IPCA reforça a visão de que o comportamento de alguns preços estão contrariando a sazonalidade. Para ele, o resultado deve “minar a possibilidade de um corte de juros de imediato”.

“É uma notícia ruim de curto prazo. Nada muito desesperador, mas a pressão no atacado vista nos últimos IGPs (Índices Gerais de Preços) vai bater no varejo lá na frente”, avaliou há pouco em entrevista ao Broadcast (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado), ao referir-se ao avanço dos preços agrícolas nos índices gerais de preços.