Em sessão carregada de indicadores e eventos aqui e no exterior, os juros futuros encerraram a quarta-feira, 15, em baixa. Ao final da jornada regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 terminou com taxa de 10,615%, de 10,650% no ajuste de terça. A taxa do DI janeiro de 2019 caiu de 10,10% para 10,06% e a do DI janeiro de 2021, de 10,25% para 10,24%.

Entre os fatores que contribuíram para o alívio na curva, está a melhora de inflação e a perspectiva de queda da Selic reforçada nesta quarta pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de fevereiro (0,14%) abaixo da mediana das estimativas (0,25%) e pelo recuo expressivo do dólar ante o real.

Perto das 16 horas, a moeda era cotada em R$ 3,0650 (-0,94%) no segmento à vista. Pela manhã, a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o volume de serviços prestados recuou 5,7% em dezembro ante dezembro de 2015, em mais um sinal de fraqueza da economia e de que há espaço para um maior afrouxamento da política monetária.

Por outro lado, no final da manhã, nos EUA, uma bateria de dados positivos de inflação e atividade endossou o discurso conservador da presidente do Federal Reserve (o banco central norte-americano), Janet Yellen, na terça e nesta quarta no Congresso americano, o que puxou para cima o rendimento dos Treasuries, afetando também a curva local.

“As taxas subindo lá fora mitigaram um pouco, na ponta longa, o efeito benigno de alguns fatores domésticos, como a manutenção da nomeação de Moreira Franco para ministro pelo STF e a colocação para votação do projeto de repatriação na pauta da Câmara”, disse o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano. Às 16h18, o yield da T-Note de dez anos estava em 2,513%, perto da máxima de 2,519%.

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