Os juros futuros consolidaram-se em alta ao longo da tarde desta quinta-feira, 16, e fecharam com taxas acima dos ajustes de quarta-feira. O movimento foi atribuído ao comportamento do câmbio, ao leilão de papéis prefixados do Tesouro e a uma pausa no apetite pelo risco visto no cenário externo nesta quinta, fatores que estimularam um ajuste de posições por parte de alguns investidores.

Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 tinha taxa de 10,635%, de 10,615% no ajuste de quarta. O DI janeiro de 2019 fechou com taxa de 10,16%, de 10,06% no ajuste da véspera. A taxa do DI janeiro de 2021 subiu de 10,24% para 10,34%.

Os analistas viram o desempenho das taxas nesta quinta como um ajuste moderado, natural após as sucessivas quedas nos últimos dias, sem que tenha havido mudança de percepção sobre o cenário. Pela manhã, as taxas alternaram pequenas altas e baixas e firmaram a trajetória ascendente no começo da tarde.

A pressão começou a ganhar força com o leilão de 10 milhões de LTN e de 4 milhões de NTN-F, considerado grande. Este tipo de operação costuma afetar os DIs, uma vez que o investidor busca no mercado futuro proteção contra o risco prefixado dos papéis. Os picos foram atingidos durante o período, mas perto do fechamento as taxas estavam distantes das máximas.

O dólar, que recuava pela manhã, negociado na casa dos R$ 3,05, inverteu o recuo e subiu, o que também ajudou a pressionar a curva de juros. Era cotado perto das 16h35 em R$ 3,0769 (+0,54%).

No exterior, os mercados fizeram uma pausa no rali recente. Os preços dos Treasuries devolveram parte da queda recente e nesta quinta subiram, com correspondente baixa no rendimento, enquanto as bolsas recuam. Às 16h25, a T-Note de dez anos projetava 2,444%, de 2,500% no final da tarde de quarta-feira.