As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão regular desta quarta-feira, 1º de fevereiro, com viés de baixa, assim como na terça-feira, 31. Mesmo os vencimentos intermediários e longos, que chegaram a subir no fim da manhã depois da divulgação de dados fortes sobre o mercado de trabalho americano, fecharam com juros mais baixos do que os observados nos ajustes da véspera.

No Brasil, o entendimento de analistas é que as condições necessárias para o atual ciclo de afrouxamento monetário continuam. Do lado macroeconômico, o destaque desta quarta foi a divulgação da produção industrial, que trouxe números fracos, embora “mostrem alguma melhora”, como escrevem os analistas da Guide Investimentos. Do lado político, não há novidades que prejudiquem as perspectivas para a política fiscal.

A eleição para a presidência na Câmara, na quinta-feira, está no radar. Na tarde desta quarta, quatro adversários do atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na disputa chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para uma reunião com o ministro Celso de Mello. O magistrado é relator das ações que tentam impedir que Maia dispute a reeleição. Apesar de acirrada, a disputa não influenciou os negócios no mercado de renda fixa.

No fim da sessão regular, o DI para janeiro de 2018 marcou 10,895% ante 10,91% no ajuste de terça. O DI para janeiro de 2019 estava em 10,35% ante 10,37% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 fechou a 10,67%% ante 10,68% no ajuste de terça.

Logo mais, às 17 horas, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) vai divulgar sua decisão de política monetária. Analistas estarão atentos ao comunicado do BC americano, que poderá sinalizar quantas altas são possíveis neste ano. Para a reunião desta quarta, a perspectiva majoritária é de manutenção da taxa.