As taxas de juros operam perto da estabilidade na manhã desta quinta-feira, 7, diante da tendência de alta do dólar e, em contrapartida, da pressão de baixa provocada por notícias desfavoráveis à presidente Dilma Rousseff.

Às 9h55, o DI para janeiro de 2018 estava em 13,67%, estável em relação ao ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2021 exibia 14,08%, abaixo dos 14,12% na taxa do ajuste de quarta.

O mercado reage à notícia de que o ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, teria revelado o pagamento de propinas às campanhas de 2010 e 2014 da presidente Dilma Rousseff. A notícia aumentaria a força do processo de impeachment, com efeito de queda nos juros.

Há, por outro lado, pressão de alta advinda do mercado de câmbio. O dólar opera em elevação diante da ameaça feita na quarta pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, de que o processo de impeachment na Câmara pode ingressar na esfera judicial. Cardozo ameaçou recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) não seja alterado.

O parecer deve ser votado na Comissão na próxima segunda-feira, e, se aprovado, será analisado no plenário, possivelmente entre os dias 15 e 17 de abril. O resultado de uma eventual votação na Câmara, por sua vez, ainda é incerto.

O Placar do Impeachment, publicado diariamente pelo Grupo Estado, contabilizava até às 23h30 de ontem 259 votos a favor do afastamento da presidente. Para o processo ser aprovado são necessários 342 votos dos 513 deputados.