As taxas dos principais contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) negociadas na BM&FBovespa fecharam em baixa, e nas mínimas, a sessão desta terça-feira, 7. Após uma manhã em que prevaleceu o viés de alta, os DIs passaram a cair à tarde, em sintonia com a virada para o negativo do rendimento dos Treasuries de dez anos e do alívio do dólar, que zerou os ganhos ante o real na etapa vespertina.

No fechamento da sessão regular, o DI janeiro de 2018 projetava 10,785%, de 10,820% no ajuste de segunda-feira. O DI janeiro de 2019 tinha taxa de 10,18%, de 10,23% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2021 estava em 10,37%, de 10,45%.

Entre os fatores técnicos, também contribuiu para apagar a pressão de alta dos juros futuros o resultado do leilão de venda de NTN-B, que, segundo profissionais da área de renda fixa, teve taxas abaixo do consenso nos vencimentos longos.

Às 16h18, o dólar à vista, que subia de maneira firme pela manhã, era negociado a R$ 3,1247 (+0,02%). Os juros dos Treasuries ampliavam a queda e bateram mínimas por volta das 16h15, quando a T-Note de dez anos marcava 2,372%, de 2,416% no final da tarde de segunda-feira.

Tudo isso permeado pela expectativa de um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro, a ser divulgado na quarta-feira, muito favorável, capaz de aumentar as apostas numa aceleração do corte da Selic para 1,00 ponto porcentual no próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), dia 22 de fevereiro.

O mercado trabalha com a possibilidade de um índice de preços bem abaixo do padrão sazonal para meses de janeiro, quando normalmente a inflação chega perto de 1%. Pesquisa do Projeções Broadcast aponta estimativas entre 0,36% e 0,51% (mediana de 0,42%). Em janeiro de 2016, o IPCA subiu 1,27%.