A taxa sobre as transações financeiras poderá entrar em vigor “em 1 de janeiro de 2018”, disseram nesta terça-feira os ministros das Finanças de Espanha e Alemanha, depois que dez países chegaram a um acordo para avançar neste imposto.

A implementação deverá ser “não antes de 1º de janeiro de 2018”, disse em Luxemburgo o ministro espanhol da Economia, Luis de Guindos, que destacou que “pela primeira vez” se chega a um acordo “sobre os princípios básicos”.

O projeto de um imposto às transações financeiras foi inicialmente proposto pelo executivo europeu em 2011 como um paliativo para as falhas dos mercados financeiros, que levaram o mundo à crise de 2008.

Como o projeto não prosperava entre os membros da União Europeia, há mais de três anos uma dezena de países decidiu avançar na elaboração deste imposto à margem do bloco.

França, Alemanha, Bélgica, Portugal, Áustria, Eslovênia, Grécia, Espanha, Itália e Eslováquia acordaram na noite desta segunda-feira que a Comissão Europeia comece a elaborar com base nos principios acordados um projeto de diretrizes, que poderá estar “disponível antes do final do año”, segundo De Guindos.

Os países avaliarão então o impacto do projeto planejado pelo executivo comunitário em “seus fundos de pensões”, disse o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble.

“Queremos uma decisão [final] antes do fim do ano, positiva se possível. Em princípio tudo aponta nessa direção”, acrescentou o responsável alemão, para quem o dia 1º de janeiro de 2018 “poderá ser uma data apropriada” para sua entrada em vigor.