Taxa de natalidade bate novo recorde negativo na Itália

ROMA, 21 OUT (ANSA) – O número de bebês nascidos na Itália caiu para um novo mínimo histórico em 2024, com 369.944 nascimentos registrados, uma redução de 2,6% em relação ao ano anterior, informou o Instituto Nacional de Estatística (Istat) nesta terça-feira (21).   

E de acordo com o estudo, 2025 pode renovar o recorde negativo, já que entre janeiro e julho foram contabilizados 13 mil nascimentos a menos que no mesmo período do ano passado, uma queda de 6,3%, confirmando uma tendência que pode fazer o país perder 20% de sua população nas próximas décadas.   

O Istat afirmou que a taxa de fecundidade da Itália caiu de 1,20 filho por mulher em 2023 para 1,18 em 2024, novo mínimo histórico, e a taxa para os primeiros sete meses de 2025 ficou em 1,13, de acordo com uma estimativa preliminar.   

A idade média da mulher ao dar à luz foi de 32,6 anos em 2024, ante 32,5 de 2023 e com um crescimento de quase três anos na comparação com 1995, enquanto a idade média para o primeiro parto ficou em 31,9 anos, contra 31,7 em 2023 e 28,1 em 1995.   

A primeira-ministra Giorgia Meloni sempre afirmou que reverter o declínio da natalidade no país é uma “prioridade absoluta”, e seu governo implementou medidas de apoio às famílias e benefícios fiscais, baseados na renda, para mães que trabalham, porém as iniciativas ainda não surtiram efeito.   

De acordo com o Istat, os nascimentos estão em declínio desde 2008, quando 576 mil bebês vieram ao mundo na Itália, e uma projeção recente do instituto apontou que o país pode perder 11,5 milhões de habitantes até 2070, o que significaria uma redução populacional de 20% em menos de meio século. (ANSA).