O Milan, classificado para a Liga Europa, foi excluído das competições europeias na temporada 2019/2020 por não respeitar as regras de fair-play financeiro, anunciou o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS).

Quinto colocado no campeonato italiano, o Milan se classificou para a fase de grupos da Europa League. O clube foi considerado culpado em abril por desrespeitar as regras de equilíbrio econômico da Uefa no últimos três anos.

O clube italiano foi suspenso uma primeira vez pela Uefa na temporada 2017/2018, uma decisão considerada na época como desproporcional pelo TAS.

A sanção desta sexta-feira, após um longo processo, é resultado de um acordo entre o Milan e a Uefa, validado pelo TAS.

No âmbito esportivo o Milan sai de uma temporada na qual ficou a um ponto do quarto lugar da Inter, que garantia uma vaga na Champions, o que acabou provocando a saída do técnico Gennaro Gattuso e do diretor esportivo Leonardo.

A Roma, sexta colocada, que ainda precisava jogar uma rodada prévia para chegar à Liga Europa, vai ficar com a vaga do Milan, diretamente nos grupos, enquanto que o Torino, sétimo da última Serie A, vai ocupar a posição da equipe da capital. Desta forma vai enfrentar no final de julho o vencedor do duelo entre o Debrecen da Hungria e o Kukesi da Albânia.

Quando o TAS considerou desproporcional a sanção na temporada 2017/2018 solicitou ao Milan que equilibrasse suas contas para a temporada 2020-2021.

– Objetivo inalcançável –

Advertindo que este objetivo era inalcançável para o clube, a diretoria do Milan apresentou o novo recurso perante o TAS, em abril.

Sem esperar sua decisão, o Milan e a Uefa chegaram a um acordo, validado nesta sexta pelo TAS em Lausanne.

Segundo o mesmo, o Milan aceita sua exclusão da Liga Europa como “consequência da violação da obrigação de equilíbrio financeiro nos períodos 2015/2016/2017 e 2016/2017/2018”, explicou o TAS.

Vendido por Silvio Berlusconi em abril de 2017 a um misterioso empresário chinês, Li Yonghong, o clube está agora nas mãos do fundo americano Elliott. Há anos acumula prejuízos consideráveis.

Conforme o jornal Corriere dello Sport publicou no dia 10 de junho, essas perdas chegariam a 410 milhões de euros nas cinco últimas temporadas. O fair play financeiro autoriza um resultado negativo de 30 milhões em três anos.

Antes da decisão desta sexta, o clube de Milão já havia anunciado sua intenção de reduzir seus gastos. Entre suas possíveis operações está a venda do goleiro Gianluigi Donnarumma, que poderia render aos cofres ao menos 60 milhões de euros.

As mídia esportiva italiana noticiou na quinta-feira um possível interesse do Paris Saint-Germain.

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